A proposta de Wilder Morais fundamenta-se na premissa de que em situações de invasão é necessário presumir que as consequências podem ser graves. O senador argumenta que a utilização de força letal deve ser considerada como um meio necessário de defesa, uma vez que os invasores podem estar armados e dispostos a cometer atos violentos para atingir seus objetivos.
Ao justificar o projeto, Wilder Morais menciona a Stand Your Ground Law dos Estados Unidos, um conjunto de leis de autodefesa que permite o uso de força letal contra crimes violentos como roubo, assalto, arrombamento, sequestro ou homicídio. Inspirado nesse modelo, o senador propõe a ampliação dos meios de proteção aos cidadãos brasileiros em casos de invasão.
A proposta tem gerado debates acalorados entre parlamentares e ativistas dos direitos humanos, que questionam a possibilidade de que o uso de força letal possa levar a injustiças e abusos. Enquanto alguns defendem a necessidade de garantir aos cidadãos o direito de se protegerem em suas próprias casas, outros alertam para os riscos de uma legislação que possa incentivar a violência e a escalada da violência doméstica.
Diante da controvérsia em torno do tema, a votação do projeto de lei promete ser um momento decisivo no Senado, com diferentes visões sendo confrontadas e debatidas em busca de um consenso que garanta a segurança e a proteção dos cidadãos. A discussão sobre a ampliação das possibilidades de legítima defesa em casos de invasão de domicílio certamente continuará a despertar interesse e polêmica na sociedade brasileira.