China realiza teste de míssil balístico intercontinental com ‘ogiva fictícia’ no Oceano Pacífico, gerando tensões regionais e críticas internacionais

A China realizou um teste de míssil balístico intercontinental com uma ‘ogiva fictícia’ no Oceano Pacífico, o que gerou críticas dos países vizinhos e levantou preocupações sobre a modernização do programa nuclear chinês. O exercício, divulgado pelo Ministério da Defesa, foi realizado sem fornecer detalhes específicos, como o ponto de queda do míssil ou a origem do disparo.

Os mísseis balísticos intercontinentais são armas extremamente poderosas, capazes de transportar cargas nucleares devastadoras. O comunicado do Ministério destacou o sucesso do teste e afirmou que faz parte do plano de treinamento anual das Forças de Mísseis, sem ser direcionado contra algum país específico.

Apesar das declarações oficiais da China, países como Nova Zelândia e Japão expressaram preocupação com a falta de transparência e o aumento das capacidades militares chinesas. Essa ação inesperada também foi considerada inoportuna e inquietante pelas autoridades neozelandesas.

O teste realizado pela China no Oceano Pacífico é considerado extremamente incomum e demonstra a evolução do seu programa nuclear. Especialistas apontam que esse tipo de demonstração ilustra a modernização em curso na China, que já superou as expectativas de crescimento do arsenal nuclear por parte dos Estados Unidos.

Segundo estimativas do Pentágono, a China possui mais de 500 ogivas nucleares operacionais e deve ultrapassar a marca de 1.000 até 2030. Apesar disso, Pequim argumenta que seu arsenal nuclear é modesto comparado ao dos EUA e serve apenas para autodefesa.

O Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo indica que os EUA possuem cerca de 3.700 ogivas nucleares, a Rússia quase 4.500 e a China 410. Esses números revelam a complexa dinâmica de poder entre as potências nucleares globais e a necessidade de transparência e diálogo para evitar escaladas desnecessárias.

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