Os pesquisadores observaram que, durante o período analisado entre 1990 e 2023, o Japão apresentava a maior incidência de miopia, enquanto o Paraguai registrava a menor. Além disso, foi constatado um aumento significativo da condição entre os adolescentes, atingindo 54% entre 2020 e 2023, enquanto o número de casos em crianças quase dobrou nesse mesmo período.
Os fatores que contribuem para a maior prevalência da miopia incluem viver no Leste Asiático ou em áreas urbanas, o sexo feminino, a adolescência e o ensino secundário. Estudos sugerem que essas tendências provavelmente continuarão no futuro.
A pesquisa destacou que o rápido desenvolvimento econômico em regiões como o Leste e Sul da Ásia está associado a um aumento mais acentuado na prevalência da miopia. Além disso, foi observada uma correlação entre a duração da educação e a ocorrência de miopia, apontando para a implementação precoce da educação formal em certas nações.
Outro ponto relevante abordado no estudo foi a influência do uso excessivo de telas e da falta de atividades ao ar livre no aumento dos casos de miopia entre as crianças, especialmente após a pandemia da Covid-19. Nesse sentido, especialistas recomendam que os pais incentivem as crianças a olhar mais para o horizonte e a limitarem o tempo de exposição às telas, especialmente em idades mais jovens.
Em suma, a miopia está se tornando um problema de saúde global, com projeções alarmantes para o futuro. A conscientização sobre os fatores de risco e a adoção de medidas preventivas são essenciais para lidar com essa questão de forma eficaz e mitigar seu impacto na saúde ocular da população jovem.