Repórter Recife – PE – Brasil

Forte vento de verão propaga fumaça de incêndios florestais em Quito, deixando seis feridos e sete moradias afetadas.

Nesta quarta-feira (25), a cidade de Quito foi tomada por um forte odor de queimado devido a cinco incêndios florestais que eclodiram simultaneamente, deixando seis feridos e sete moradias afetadas pelo fogo. “Quito está sob ataque. Não é normal termos cerca de 33 queimadas em um dia, com focos de incêndio surgindo ao mesmo tempo”, declarou Carolina Andrade, secretária de Segurança do município.

Os estragos causados pelos incêndios continuaram, com relatos como o de Alexis Condolo, um mecânico de 23 anos que perdeu sua casa. “Queríamos salvar algo, mas não encontramos nada. O local estava exatamente como agora, em cinzas. Perdemos tudo, roupas. Ficamos só com as roupas do corpo”, lamentou.

Os incêndios começaram na terça-feira, nas proximidades de Auqui, na periferia oriental, e continuam a se alastrar. As chamas também atingiram o Parque Metropolinato Guangüiltagua e bosques nas áreas residenciais de Guápuli, Bellavista e González Suárez.

Até o momento, quatro pessoas ficaram feridas, incluindo um bebê de um ano que sofreu queimaduras. A prefeita Pabel Muñoz registrou dois bombeiros feridos durante as tarefas de evacuação, o que a levou a cancelar seu discurso na assembleia da ONU e retornar ao país.

A cidade inteira está mobilizando esforços para conter os incêndios, com a participação de 2.000 bombeiros, militares e equipes de resgate. Medidas de segurança foram implementadas, incluindo a evacuação de 107 famílias e a ativação de um plano de recompensa para encontrar os responsáveis pelos incêndios.

A qualidade do ar em Quito atingiu níveis de precaução no centro e no norte da cidade, enquanto nas áreas próximas aos incêndios, os níveis de poluição são considerados insalubres. Os moradores estão sendo orientados a usar máscaras para se proteger.

Enquanto a cidade lida com os efeitos imediatos dos incêndios, o Equador enfrenta uma crise hídrica devido à pior seca dos últimos 61 anos, o que tem impactado diretamente na agricultura, no fornecimento de água potável e no racionamento de eletricidade. O governo declarou alerta vermelho em 20 das 24 províncias do país.

A seca já provocou 3.300 incêndios florestais este ano, resultando na destruição de quase 38.000 hectares de vegetação e deixando um saldo de 14 pessoas feridas e quase 800 afetadas. A situação é alarmante e requer medidas urgentes para conter os incêndios e a crise que assola o Equador.

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