O incidente gerou suspeitas e levou a Polícia Militar a ser acionada. No depoimento, a idosa reiterou a história de que estava comprando os cartões para o suposto namorado, Elon Musk, sendo que o empresário é conhecido por outras empresas como a SpaceX e a Tesla.
De acordo com o delegado Rodrigo Baptista Santos, a idosa confessou ter gasto aproximadamente R$ 4 mil em cartões para “ajudar a empresa do namorado”. O golpista, se passando por Elon Musk, prometeu recompensá-la com uma quantia significativa em dólares ao chegar ao Brasil.
A investigação revelou que as chamadas feitas para a vítima provinham de um número com código internacional da Nigéria. Os familiares da idosa foram acionados e um irmão compareceu à delegacia para levá-la de volta para casa. A polícia agora busca identificar o golpista responsável pelo esquema.
O delegado destacou a importância de os familiares acompanharem de perto a rotina dos idosos, pois são alvos preferenciais de fraudadores. Ele ressaltou que os criminosos se utilizam das redes sociais para identificar potenciais vítimas, se aproximam emocionalmente e, posteriormente, pedem dinheiro.
O caso ilustra o chamado “golpe do falso namoro”, no qual o golpista se passa por uma pessoa famosa ou bem-sucedida para enganar a vítima. A orientação é para que os familiares fiquem atentos à presença dos idosos nas redes sociais e conversem sobre possíveis interações suspeitas.
Em um esforço para combater esse tipo de crime, o Ministério dos Direitos Humanos e das Cidadania lançou uma cartilha com orientações sobre os principais golpes praticados contra idosos no Brasil, incluindo o golpe do falso namoro pela internet. A cartilha está em fase de atualização e em breve estará disponível online.
Por se tratar de uma vítima vulnerável, a idosa teve sua identidade preservada. A reportagem busca contato com a assessoria de Elon Musk para comentar sobre o uso indevido de seu nome no golpe.