Com 86 votos a favor do partido Morena e seus aliados, e 42 votos contra, a proposta foi aprovada pelos legisladores presentes, cumprindo o requisito de dois terços dos votos. Na semana anterior, a mesma proposta foi aprovada na Câmara dos Deputados.
A próxima etapa envolve a votação em pelo menos 17 das 32 assembleias estaduais do México, onde o partido no poder também detém o controle da maioria. Esta é apenas uma das muitas reformas constitucionais apresentadas pelo presidente de esquerda Andrés Manuel López Obrador, que em breve passará o cargo para sua sucessora Claudia Sheinbaum, do mesmo partido.
A oposição tem manifestado preocupações em relação à “militarização” da segurança pública, já que a Guarda Nacional é a principal entidade responsável por essa área. Organismos internacionais, como a ONU, também expressaram preocupações em relação à reforma, que atribuiria funções de segurança pública permanentes ao Exército, potencialmente aumentando os desaparecimentos forçados e a impunidade.
A Guarda Nacional foi criada em 2019 para substituir a Polícia Federal, e embora seja composta majoritariamente por militares, estava sob comando civil da Secretaria de Segurança. A mudança proposta por López Obrador visa transferir essa responsabilidade para a Defesa, deixando claro seu posicionamento em relação ao envolvimento militar na segurança pública.