Argentina: Pobreza atinge 52,9% da população no 1º semestre, aumento de 11,2 pontos em relação a 2023, revela Indec.

A Argentina enfrenta uma grave crise de pobreza, que atingiu 52,9% da população no primeiro semestre deste ano. Esse número representa um aumento significativo de 11,2 pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2023, conforme revelado pelo instituto de estatísticas Indec em um relatório divulgado nesta quinta-feira (26).

O aumento da pobreza coincide com os primeiros meses da gestão do presidente ultraliberal Javier Milei, que implementou uma política de ajustes severos no país. Em termos de indigência, o índice também subiu, chegando a 18,1%, o que representa um acréscimo de 6,2 pontos.

O cálculo da pobreza pelo Indec leva em consideração a comparação entre a renda dos lares e o custo de uma cesta básica completa, que inclui alimentos, roupas e transporte. No primeiro semestre, o valor da cesta foi estimado em cerca de 240 dólares.

O porta-voz presidencial, Manuel Adorni, lamentou os dados alarmantes e atribuiu a situação à gestão anterior, classificando-a como “populismo que submeteu a Argentina a tantos anos de desgraças e devastação”. Além disso, o PIB argentino registrou uma queda de 1,7% no segundo trimestre, aprofundando a recessão econômica no país.

Essa conjuntura preocupante é ainda agravada pela alta inflação, que chegou a 236,7% nos últimos 12 meses até agosto. Com um cenário econômico desafiador, a Argentina enfrenta um panorama de dificuldades sociais e econômicas que requerem medidas urgentes por parte das autoridades para reverter essa escalada de pobreza e indigência.

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