Viviana e sua filha de 13 anos estão incluídas na estatística divulgada pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec), que aponta um aumento de 11,2 pontos percentuais em relação ao segundo semestre de 2023. Esse crescimento alarmante da pobreza é resultado de uma política de ajuste fiscal implementada pelo governo de Milei, focada na redução de gastos e na contenção da inflação, o que acabou aprofundando a recessão econômica.
O sociólogo e pesquisador da Universidade de Buenos Aires, Santiago Coy, ressaltou a importância de encontrar um equilíbrio que combine crescimento econômico com distribuição de renda para reverter essa tendência de aumento da pobreza.
Viviana Quevedo, que costumava trabalhar como empregada doméstica, agora se vê em uma situação de extrema vulnerabilidade. Ela está prestes a ficar sem teto devido às dívidas acumuladas com o hotel onde está hospedada, pagando uma taxa que mal consegue sustentar.
A taxa de desemprego na Argentina está em 7,6%, em meio a uma recessão econômica que resultou em uma queda de 1,7% no Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre. Além disso, a inflação no país atingiu 236% nos últimos 12 meses até agosto, mesmo em desaceleração ainda está entre as mais altas do mundo.
Viviana Quevedo, que tem distribuído seu currículo em busca de trabalho, expressa a tristeza de não poder celebrar o aniversário de sua filha recentemente devido à falta de recursos. Ela enfrenta a fome e o medo diariamente, mas mantém a esperança e a determinação de não desistir de sair dessa situação precária.