A decisão de oferecer a recompensa veio após o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, relatar que estava enfrentando grandes ameaças à sua vida provenientes do Irã. Em agosto deste ano, os Estados Unidos desmantelaram um complô envolvendo um paquistanês ligado a Teerã que planejava assassinar um funcionário americano em retaliação pela morte do general iraniano Qasem Soleimani, em um ataque com drones ocorrido em janeiro de 2020 no Iraque, sob ordem de Trump.
O oficial da Guarda Revolucionária do Irã acusado de planejar o assassinato, Shahram Pursafi, também conhecido como Mehdi Rezayi, teve uma recompensa no valor de 20 milhões de dólares oferecida pelo Departamento de Estado. Os EUA incluíram a Guarda Revolucionária Iraniana em sua lista de organizações terroristas estrangeiras em 2019, agravando ainda mais as tensões entre os dois países.
Recentemente, em agosto de 2022, autoridades americanas tornaram pública uma acusação formal contra Shahram Pursafi, o qual teria liderado um plano de assassinato contra John Bolton, ex-assessor de Segurança Nacional da Casa Branca. O suposto plano envolvia uma oferta de 300 mil dólares e tinha como objetivo vingar a morte do general Soleimani.
O Irã, por sua vez, classificou as acusações como “ridículas” e sugeriu que a carreira política de Bolton estava “acabada”. A recompensa oferecida pelos Estados Unidos reflete a gravidade da situação e a determinação em capturar o oficial acusado de planejar um assassinato. A relação conturbada entre os EUA e o Irã segue causando tensionamentos e conflitos entre as nações.