Baixa taxa de doação de órgãos no Brasil: apenas 4 de 14 manifestantes efetuam a doação, aponta Ministério da Saúde.

Nos últimos anos, a doação de órgãos tem sido um tema de extrema importância no Brasil. A cada 14 pessoas que manifestam interesse em doar órgãos no país, apenas quatro efetuam a doação. Essa discrepância entre o interesse e a efetivação do ato se dá, em grande parte, pela recusa familiar.

De acordo com o Ministério da Saúde, a relutância das famílias em autorizar a doação é um dos principais obstáculos para a prática. Por isso, no Dia Nacional da Doação de Órgãos, celebrado em 27 de setembro, a pasta está promovendo uma campanha com o tema “Doação de órgãos: precisamos falar sim”. A ideia é sensibilizar a população sobre a importância do diálogo e da desmistificação do ato de doar órgãos.

Diversos motivos foram citados para justificar a recusa na doação de órgãos, como a não aceitação da manipulação do corpo, crenças religiosas, medo da reação dos familiares, desconfiança da assistência médica e a não compreensão do diagnóstico de morte encefálica. A falta de informação e de conversas prévias sobre o assunto contribuem significativamente para esse cenário.

Apesar dos obstáculos, dados do Ministério da Saúde mostram que, no primeiro semestre deste ano, 14.352 transplantes foram realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), um número maior do que no mesmo período do ano anterior. Os órgãos mais doados foram rins, fígado, coração, pâncreas e pulmão, além de córnea e medula óssea.

Com mais de 43 mil brasileiros na lista de espera por um transplante, é fundamental conscientizar a população sobre a importância da doação de órgãos. Além disso, é essencial informar que não há restrições absolutas para a doação, e que o desejo de ser um doador deve ser comunicado à família, já que o consentimento deles é necessário para a concretização do ato.

Portanto, é necessário que haja um esforço contínuo na disseminação de informações e na promoção de diálogos acerca da doação de órgãos. Somente com a conscientização e o apoio das famílias será possível aumentar o número de doadores e, consequentemente, salvar mais vidas.

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