Brasil defende proposta de paz para guerra entre Rússia e Ucrânia em reunião internacional em Nova York, causando controvérsias.

O assessor especial da Presidência da República, Celso Amorim, está otimista em representar o Brasil em uma reunião com cerca de 15 países para apresentar uma proposta de paz para a guerra entre Rússia e Ucrânia, elaborada junto à China. Amorim destaca o papel do Brasil como “líder do Sul Global” e diz que a rejeição do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, à iniciativa, não a afeta de forma negativa.

Segundo Amorim, o Brasil tem se destacado como referência tanto na Assembleia Geral da ONU como em eventos paralelos em Nova York. No entanto, essa visão otimista contrasta com a opinião de fontes de governos estrangeiros e analistas, como o ex-subsecretário do Departamento de Estado para o Hemisfério Ocidental, Thomas Shannon, que considera a proposta sino-brasileira como “utópica” e vê o Brasil como uma “potência média”.

O encontro de hoje encerrará uma semana intensa em que o governo Lula buscou ocupar um espaço de destaque na ONU e em eventos paralelos em Nova York. A fala de Zelensky sobre a proposta sino-brasileira na Assembleia Geral gerou grande repercussão internacional e trouxe destaque para o presidente brasileiro.

Apesar das críticas de alguns especialistas e governantes estrangeiros, o governo Lula segue confiante na proposta de paz para a guerra entre Rússia e Ucrânia. A expectativa é que os países convidados respaldem a iniciativa em um comunicado após o encontro de hoje. No entanto, há controvérsias sobre as chances do Brasil alcançar um papel de liderança global.

Em meio a queixas de russos e ucranianos por não terem sido consultados sobre a organização do encontro, o governo brasileiro nega ter uma posição pró-russa no conflito. O Brasil segue buscando mediar a paz entre as nações envolvidas, em um esforço para evitar que a guerra se transforme em um conflito mundial.

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