O número de vagas oferecidas por esses cursos ultrapassa 1,4 milhão, sendo que 81% delas estão vinculadas ao ensino à distância. Essa realidade ganhou destaque em junho, quando a influencer Natalia Becker, dona de uma clínica de estética em São Paulo, foi acusada da morte do empresário Henrique Chagas. Natalia admitiu ter feito um curso à distância para aplicar um procedimento conhecido como peeling de fenol.
Diante desse cenário preocupante, o CFM convocou o II Fórum do Ato Médico, que resultou na aprovação de um pacto em favor da segurança do paciente e em defesa do ato médico. Esse pacto, assinado por membros dos Três Poderes, Ministério Público, entidades médicas e órgãos de defesa do consumidor, visa combater a proliferação de cursos de estética para não médicos e a prática ilegal do exercício da medicina.
A Lei do Ato Médico, que prevê que procedimentos invasivos devem ser realizados exclusivamente por médicos, busca garantir a segurança dos pacientes e evitar exposições a riscos desnecessários. A aplicação do PMMA em procedimentos estéticos tem gerado cada vez mais complicações, levando a casos graves como a morte de uma influencer em Brasília após um preenchimento labial.
Diante desse contexto, o CFM reforça a importância de buscar profissionais qualificados para realização de procedimentos estéticos invasivos, que devem ser precedidos de consulta médica e exames específicos. Além disso, é fundamental garantir que esses procedimentos sejam realizados em ambientes adequados, que cumpram as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do CFM.
Em meio a essa realidade preocupante, é essencial que os pacientes estejam cientes dos riscos envolvidos em procedimentos estéticos invasivos e busquem sempre profissionais qualificados e devidamente registrados. A segurança e a saúde dos pacientes devem ser a prioridade em qualquer procedimento estético, garantindo que as técnicas aplicadas sejam seguras e realizadas por profissionais capacitados.