Normalmente, o Brasil costuma acompanhar todos os discursos dos presidentes no plenário da Assembleia Geral, que foi aberta pelo presidente Lula no início da semana. A retirada da sala antes do início do discurso é vista como uma forma de protesto mais branda do que sair durante a fala em si. Durante o discurso de Netanyahu, diversos países árabes também deixaram o espaço, em meio a tensões na região.
Israel está envolvido em um conflito com o Hamas na Faixa de Gaza há quase um ano e recentemente iniciou ataques ao Líbano em confrontos contra o Hezbollah. No discurso, o primeiro-ministro de Israel afirmou que o país está vencendo a guerra contra seus inimigos regionais e ameaçou retaliar qualquer ataque do Irã.
Netanyahu justificou as ações militares israelenses como resposta a um atentado sofrido pelo país, relacionando toda a crise de segurança no Oriente Médio ao Irã. O premier pediu ajuda da comunidade internacional para conter os avanços iranianos na região.
Enquanto o discurso acontecia, as hostilidades continham no solo, com as Forças Armadas de Israel realizando bombardeios no Líbano e na Síria. Após o pronunciamento, Israel atingiu o principal quartel-general do Hezbollah no sul da capital libanesa.
O discurso de Netanyahu era aguardado com expectativa por representantes que buscavam maneiras de atenuar as tensões regionais. No entanto, o premier não demonstrou sinal de moderação, prometendo que as operações contra o Hezbollah no Líbano continuarão enquanto houver ameaça do movimento xiita.
Em um cenário de crescentes conflitos no Oriente Médio, o discurso de Netanyahu na ONU refletiu a postura firme e desafiadora de Israel diante de seus inimigos regionais. A comunidade internacional agora aguarda os próximos desdobramentos desses conflitos e a possibilidade de uma escalada ainda maior nas tensões na região.