Os confrontos entre as forças israelenses e o Hezbollah continuaram ao longo da fronteira desde as primeiras horas do dia. Em um dos bombardeios iniciais de Israel, na cidade de Shebaa, no sul do Líbano, autoridades locais reportaram a morte de nove pessoas de uma mesma família, incluindo quatro menores de idade. O Exército israelense afirmou que atingiu dezenas de alvos ligados à infraestrutura do Hezbollah, incluindo bases de lançamento de foguetes usados pelo movimento libanês para atacar Haifa.
Na Síria, o Ministério da Defesa do regime de Bashar al-Assad divulgou a morte de cinco soldados em um novo ataque israelense contra o país. Israel havia bombardeado bases na fronteira sírio-libanesa na quinta-feira, alegando que o território era utilizado como plataforma para ataques do Hezbollah e para o trânsito de armamento iraniano em direção à milícia libanesa.
Além disso, rebeldes Houthi, aliados do Hezbollah no Eixo da Resistência, confirmaram ter disparado contra Israel. Os Houthis atuam em conjunto com o Hamas desde o início dos conflitos em Gaza, com foco em ataques a embarcações pró-Israel no Mar Vermelho. Informações indicam que o chefe do sistema de drones do Hezbollah, morto na quinta-feira, esteve no Iêmen três dias atrás.
A maioria dos projéteis disparados contra Israel foi interceptada pelos sistemas de defesa israelenses ou caiu em áreas vazias, porém houve relatos de feridos, como um homem de 25 anos em Tiberíades. As hostilidades se intensificam às vésperas do discurso de Benjamin Netanyahu na Assembleia Geral da ONU, onde são aguardados sinais sobre a postura israelense diante do conflito em curso.
Autoridades ocidentais, incluindo o presidente dos EUA, Joe Biden, têm pedido a Israel que busque soluções diplomáticas para as questões de segurança na fronteira com o Líbano, com a Casa Branca apoiando a ideia de um cessar-fogo. No entanto, Netanyahu e membros de seu governo rejeitaram qualquer acordo proposto até o momento, surpreendendo autoridades em Washington. A tensão na região permanece alta, com a comunidade internacional atenta aos desdobramentos dos conflitos no Oriente Médio.
Portanto, os confrontos entre Israel e grupos aliados no Líbano e na Síria continuam a gerar preocupações globais, com o discurso de Netanyahu na ONU sendo aguardado com grande expectativa para entender os próximos passos do governo israelense nessa região tão estratégica e sensível.