Em seu discurso, a ministra ressaltou a importância de materializar os direitos humanos na vida cotidiana das pessoas, citando o conceito africano de “ubuntu”, que significa humanidade para todos. Ela enfatizou a necessidade de garantir o direito à vida, liberdade, educação, saúde, trabalho, memória e verdade para todos os cidadãos.
Macaé Evaristo, que se define como uma pessoa comum, falou sobre sua trajetória de vida, sendo uma mulher preta criada apenas pela mãe no interior de Minas Gerais. Segundo ela, é fundamental romper com a concepção de que os direitos humanos se resumem a defender bandidos, destacando a importância de entender a tensão entre a afirmação e a negação desses direitos.
A ministra também abordou a necessidade de dialogar e disputar o sentido dos direitos humanos em um contexto global de segregação social, racial e ambiental. Ela enfatizou que o Ministério dos Direitos Humanos é dedicado a cuidar das pessoas vulneráveis e promover a convivência da diversidade, visando a construção de um Brasil sem fome, miséria, racismo, machismo, capacitismo, lgbtqia+fobia e etarismo.
Macaé Evaristo foi nomeada pelo presidente Lula em setembro e já assumiu suas funções na pasta, liderando a luta contra todas as formas de violência e preconceito, além de articular políticas públicas e promover os direitos humanos. Durante a cerimônia de posse, a escritora Conceição Evaristo, prima de Macaé, recitou seus poemas, demonstrando o apoio e representatividade negra na literatura brasileira.
Com uma ampla trajetória na educação, na luta antirracista e na defesa dos direitos humanos, Macaé Evaristo certamente trará sua experiência e comprometimento para o importante cargo que ocupa, visando promover a igualdade, a justiça e o respeito aos direitos fundamentais de todos os brasileiros.
