A iniciativa foi idealizada pelo Ministério Público e contou com a integração de diversos órgãos de fiscalização durante a “Operação Mata Atlântica em Pé 2024”, que ocorreu em 17 estados brasileiros, de 16 a 20 de setembro.
Em Pernambuco, a operação abrangeu 22 municípios, onde a principal irregularidade identificada foi a supressão da cobertura vegetal nativa para atividades econômicas, principalmente para pastagem.
Os resultados da ação no estado de Pernambuco foram significativos: foram vistoriados 884,5 hectares de áreas, sendo que 671,5 hectares foram embargados, representando um aumento de 38% em comparação com o ano anterior. Além disso, 64 alvos foram identificados em 22 municípios, resultando em R$ 3.545.000 em multas impostas aos infratores ambientais.
Durante os cinco dias de atividades de campo, 70 profissionais de diversos órgãos, como a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), o Ibama, a Companhia Independente de Policiamento do Meio Ambiente (Cipoma) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF), estiveram envolvidos.
A coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente do MPPE, a promotora de Justiça Belize Câmara, destacou a continuidade do trabalho de identificação dos pontos de desmatamento e autuação dos infratores, que subsidiarão investigações promovidas pela Polícia Civil e Ministério Público.
Os órgãos envolvidos têm agora 30 dias para elaborar os documentos pertinentes às fiscalizações, os quais serão encaminhados aos Promotores de Justiça para a promoção dos desdobramentos cíveis e criminais. O Ibama ressaltou a importância das imagens de satélites e ferramentas como o Brasil Mais na identificação das áreas com irregularidades.
A Operação Mata Atlântica em Pé 2024 também foi realizada em outros estados brasileiros, como Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, entre outros. A ação visa combater o desmatamento ilegal e a preservação do bioma da Mata Atlântica.