Os advogados das vítimas divulgaram uma declaração nesta sexta-feira, afirmando que o caso está se tornando cada vez mais internacional, com mais de 200 solicitações vindas de todo o mundo. Eles confirmaram que atualmente representam 60 sobreviventes, com a expectativa de novas denúncias surgirem.
Os relatos de agressões envolvem vítimas de diversos países, como Malásia, Austrália, Itália, Romênia, Estados Unidos e Canadá. Alguns dos incidentes teriam ocorrido em locais como Saint Tropez, na França, e Abu Dhabi.
Os advogados destacaram que o empresário falecido, que também foi dono do Fulham Football Club, criou um ambiente propício para esses abusos em suas propriedades e empresas. Ademais, sua influência se estendeu para além do Reino Unido, gerando denúncias em diversas partes do mundo.
A atual direção da Harrods afirmou que o ex-proprietário promoveu uma cultura tóxica na empresa, tendo chegado a acordos amigáveis com algumas das vítimas. Por sua vez, a Polícia Metropolitana de Londres anunciou estar investigando se outras pessoas têm envolvimento no caso, mesmo considerando que Al Fayed já faleceu.
Tanto a polícia quanto o Ministério Público britânico afirmaram ter recebido denúncias contra o empresário em anos anteriores, mas não encontraram elementos suficientes para dar início a um processo criminal. No entanto, diante da gravidade das acusações e do número significativo de vítimas, a investigação continua em andamento para garantir justiça às mulheres que se manifestaram contra o magnata egípcio.