O conflito entre o Hezbollah e Israel teve um momento crucial em 2006, quando travaram uma guerra que traumatizou a sociedade libanesa e fortaleceu o poder do grupo. Desde então, o Hezbollah tem sido um aliado do movimento islamista Hamas, atuando em apoio a este em seus confrontos com Israel.
Os recentes confrontos na fronteira entre o Líbano e Israel se intensificaram, resultando em uma campanha de bombardeios por parte de Israel nos redutos do Hezbollah. Nos últimos meses, Israel tem enfraquecido o movimento ao eliminar seus principais comandantes, incluindo Fuad Shukr, chefe militar do Hezbollah.
A morte de Hassan Nasrallah representa um golpe significativo para o movimento Hezbollah. Criado em 1982, o grupo se tornou a ponta de lança da luta contra Israel, que se retirou do sul do Líbano após 22 anos de ocupação em 2000. Desde então, o Hezbollah e Israel se enfrentaram em diversos momentos, culminando em uma guerra de 33 dias em 2006.
Além disso, o Hezbollah é parte do “eixo de resistência” liderado pelo Irã, que inclui o Hamas palestino, os rebeldes huthis do Iêmen e grupos iraquianos. O grupo também forneceu apoio militar ao regime de Bashar al-Assad na Síria. Nos últimos anos, o Hezbollah reduziu seu contingente na Síria após o congelamento das linhas de frente no país.
No Líbano, o Hezbollah é uma força política influente e inevitável, acusado por alguns de constituir um “Estado dentro de um Estado”. O grupo mantém escolas, hospitais e associações que atendem seus simpatizantes, enquanto é alvo de sanções econômicas e bancárias pelos EUA e considerado uma organização terrorista pela UE.
A morte de Hassan Nasrallah certamente terá repercussões não apenas no Líbano, mas em toda a região do Oriente Médio, onde o Hezbollah exerce uma influência significativa. A situação na fronteira entre o Líbano e Israel permanece tensa, com o futuro do Hezbollah e de suas atividades militares sendo alvo de especulações e incertezas.