Estudo alerta: contato com fumaça de vapes durante gravidez pode afetar bebê antes de nascer, revelam pesquisas recentes

Recentes estudos publicados na revista científica American Journal of Physiology-Lung Cellular and Molecular Physiology trazem à tona preocupações sobre o contato de grávidas com a fumaça dos cigarros eletrônicos, também conhecidos como vapes. A exposição passiva a essa fumaça pode afetar o bebê em desenvolvimento no ventre materno, de acordo com pesquisadores.

A fumaça dos vapes contém uma mistura de propilenoglicol, glicerol, nicotina, sabores e outros aditivos. Esses componentes são capazes de se fixar em objetos ao redor do fumante e até mesmo na pele das pessoas próximas. Dessa forma, mulheres grávidas que estiverem presentes durante o uso desses dispositivos podem ter contato com resíduos nocivos.

O professor Brian Oliver, da Universidade de Tecnologia de Sydney, alerta para os riscos associados à vaporização durante a gravidez. A pesquisa realizada em camundongos revelou efeitos significativos nas respostas do sistema imunológico, o que pode levar a complicações como natimorto, baixo peso ao nascer e problemas de desenvolvimento.

Além disso, os vapes são proibidos no Brasil devido ao alto teor de nicotina presente, o que pode causar dependência. Estudos indicam que esses dispositivos contêm até 2 mil substâncias diferentes, muitas delas sem origem conhecida. A atratividade de embalagens coloridas e sabores frutados também os torna populares entre os adolescentes, principais consumidores de cigarros eletrônicos.

A Anvisa reforçou medidas de proibição da produção, distribuição, armazenamento e transporte de vapes no país, alinhando-se à legislação existente desde 2009. Essas medidas visam proteger a saúde pública e prevenir possíveis danos causados pelo uso desses dispositivos. Portanto, é importante conscientizar a população sobre os riscos associados à exposição passiva à fumaça dos cigarros eletrônicos, especialmente durante a gestação.

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