Presidente do Ibama destaca importância do Planejamento Espacial Marinho para lidar de forma responsável com a Amazônia Azul

O presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo de Agostinho Mendonça, destacou a importância do Planejamento Espacial Marinho para a região da Amazônia Azul. Durante o Seminário de Desenvolvimento das Definições Estratégicas para o Planejamento Espacial Marinho da Amazônia Azul, realizado na sede do Ibama em Brasília, Mendonça ressaltou que esse planejamento é fundamental para lidar de forma responsável com a exploração das riquezas naturais dessa região.

Um dos principais desafios apresentados pelo presidente do Ibama é o transporte de óleo no país. Ele informou que o órgão está se preparando para licitar 60 descomissionamentos de plataformas, ou seja, plataformas de petróleo que não produzem mais e precisam ser desmontadas de modo a evitar danos ao meio ambiente.

Outro tema de preocupação é o licenciamento de complexos eólicos offshore, que geram energia a partir do vento em instalações construídas em alto mar. Mendonça destacou que o licenciamento já foi iniciado, mas ressaltou a importância de fazer isso de forma planejada, já que se trata de um setor que não possui um marco regulatório.

O presidente do Ibama alertou para os riscos que essas atividades podem representar para as espécies marinhas e para os corais. Ele destacou que há cerca de 200 espécies marinhas ameaçadas nas águas brasileiras e que os corais estão sendo perdidos em uma velocidade alarmante.

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, também esteve presente no seminário e ressaltou a importância dos oceanos. Ela lembrou que os oceanos absorvem 25% das emissões de CO2, produzem cerca de 50% do oxigênio e fornecem inúmeros benefícios sociais, culturais, éticos, estéticos e econômicos.

Para a ministra, é fundamental não apenas preservar, mas também dar um uso adequado às imensas riquezas naturais da região da Amazônia Azul. Os esforços devem ser voltados para garantir a proteção desses ecossistemas e a exploração sustentável dos recursos presentes nessa região.

O Planejamento Espacial Marinho é uma ferramenta fundamental para garantir que as atividades econômicas realizadas na Amazônia Azul sejam compatíveis com a conservação do meio ambiente. Portanto, é fundamental que esse planejamento seja feito de forma cuidadosa e responsável, levando em consideração os riscos e impactos ambientais envolvidos.

É responsabilidade do Ibama, em conjunto com outros órgãos e instituições, promover esse planejamento e garantir que as atividades econômicas na região sejam desenvolvidas de forma sustentável. O objetivo é conciliar o uso dos recursos naturais com a preservação dos ecossistemas marinhos, garantindo que as gerações futuras também possam desfrutar dessas riquezas.

Portanto, o Planejamento Espacial Marinho é uma estratégia fundamental para garantir a preservação e o uso sustentável dos recursos naturais da Amazônia Azul. Com uma abordagem responsável, é possível conciliar o desenvolvimento socioeconômico com a conservação do meio ambiente, assegurando um futuro sustentável para essa região tão importante para o Brasil.

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