Segundo Heleno, o acampamento realizava atividades extremamente pacíficas e ordeiras. Ele também afirmou que recebeu algumas das pessoas que estavam no acampamento, por educação, mas que não foi para articular qualquer ato golpista. De acordo com suas palavras, essas pessoas foram até o seu gabinete apenas para tirar fotos e fazer vídeos.
No entanto, a relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), confrontou o general com fatos que contradizem sua afirmação de que o acampamento era pacífico. Ela lembrou que “foi do acampamento que surgiu a ideia de montar uma bomba para explodir um caminhão de combustíveis no aeroporto de Brasília. Foi de lá que os vândalos saíram para quebrar a Praça dos Três Poderes”.
Esses eventos mencionados pela senadora Eliziane Gama são de extrema gravidade e evidenciam a participação de indivíduos do acampamento em atos violentos e até mesmo terroristas. Portanto, a afirmação do general Heleno de que o acampamento era pacífico e ordeiro não condiz com a realidade.
É importante destacar que a CPMI tem como objetivo investigar atos golpistas e de ameaça à democracia que ocorreram no dia 8 de janeiro. Portanto, é fundamental que todos os depoimentos sejam precisos e baseados em fatos concretos. A afirmação de Heleno levanta questionamentos sobre sua percepção e conhecimento dos acontecimentos ocorridos no acampamento.
Nesse sentido, os depoimentos e as investigações da CPMI serão essenciais para esclarecer a verdade sobre os atos golpistas do dia 8 de janeiro e verificar se o acampamento de bolsonaristas era realmente pacífico, como afirmou o general Heleno. A busca pela verdade e pelo respeito à democracia são fundamentais para fortalecer as instituições e garantir a estabilidade do país.
