Os manifestantes se reuniram na Praça de Bolívar, após uma caminhada pelas principais ruas da capital colombiana. Com lenços, bandeiras, bastões de comando e instrumentos musicais, eles demonstraram sua união e determinação em apoiar o presidente.
Segundo informações da prefeitura de Bogotá, pelo menos 23 mil pessoas participaram do protesto pacífico, vindas de diferentes regiões do país. O presidente colombiano convocou os eleitores de Petro a marcharem “pela paz, pela vida, pela justiça social após os mais recentes atos de violência”. Esses atos se referem aos ataques de grupos guerrilheiros no sudoeste do país.
O governo tem sido criticado por suas tentativas precipitadas de selar a paz com os dissidentes das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e do ELN (Exército de Libertação Nacional), que não aceitaram o acordo histórico de 2016. Na semana passada, o maior braço dos dissidentes, o Estado-Maior Central, realizou ataques a delegacias de polícia no sudoeste, resultando na morte de dois civis e feridos.
Em meio às negociações de paz, o governo também tem realizado uma ofensiva militar contra os cultivos de drogas em Cauca, resultando na morte de cerca de 20 combatentes, de acordo com informações oficiais.
No entanto, o governo tem enfrentado críticas da oposição e da imprensa, que denunciam o uso de verbas estatais para a realização do protesto e acusam o candidato de esquerda a prefeito de Bogotá, Gustavo Bolívar, de tirar proveito das manifestações.
Segundo o ministro do Interior, Luis Fernando Velasco, o governo forneceu algum apoio aos manifestantes, incluindo transporte e outras despesas, de acordo com o previsto na lei.
Desde que assumiu o cargo, Petro tem utilizado a mobilização social como forma de promover suas políticas. No entanto, apesar de sua promessa de transformar profundamente a Colômbia, ele tem enfrentado dificuldades para aprovar reformas no sistema de saúde, de pensões e de trabalho.
O protesto em Bogotá demonstrou o apoio dos indígenas, trabalhadores e estudantes ao presidente Gustavo Petro, mas também revelou os desafios que ele enfrenta para consolidar a paz no país e implementar suas reformas progressistas.