Para Girão, a filiação de Dallagnol ao Partido Novo tem um simbolismo significativo devido à sua luta contra a corrupção e impunidade no país. O ex-deputado se tornou conhecido mundialmente por enfrentar essas questões sem concessões, colocando poderosos, políticos e empresários corruptos atrás das grades.
O senador também mencionou que Deltan foi vítima de perseguição política ao perder seu mandato de deputado federal por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo a cassação, ocorrida em maio deste ano, o TSE apontou irregularidades quando Deltan ocupava o cargo de procurador da República. Girão enfatizou os mais de 340 mil votos recebidos pelo deputado cassado e destacou sua atuação no Congresso Nacional, onde ele defendeu a liberdade de expressão e a fiscalização do governo federal.
O senador também ressaltou que a cassação de Dallagnol não se deu apenas por sua atuação na Lava Jato, mas também por seu posicionamento contrário ao PL 2.630/2020, conhecido como “PL da censura”. Ele relatou que o ex-deputado propôs a criação de um ministério espelho, inspirado em práticas adotadas em países como a Inglaterra, para fiscalizar o governo federal e combater a gastança irresponsável de recursos públicos. Esse posicionamento de Deltan incomodou tanto o sistema que ele foi afastado.
O senador concluiu seu pronunciamento enfatizando a realidade atual do Brasil, onde os lutadores contra a corrupção e a impunidade são colocados de lado pela política tradicional, evidenciando o desafio em lutar pelo combate à corrupção e pela transparência no país.
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