Durante a audiência, Trump conversou com seus advogados Chris Kise e Alina Habba, que estavam ao seu lado no banco dos réus. A procuradora-geral de Nova York, Letitia James, também estava presente e iniciou a investigação contra a Trump Organization, alegando fraude e exigindo uma indenização de US$ 250 milhões, além de proibir Trump e seus filhos de dirigirem uma empresa no estado de Nova York.
Embora não possa ser condenado à prisão por essas acusações, o julgamento civil representa apenas o começo dos problemas legais que Trump enfrentará nos tribunais. O ex-presidente é alvo de quatro casos criminais diferentes, mas isso não afetou sua popularidade entre as bases republicanas. Há até mesmo um seguidor que afirmou que votaria em Trump “mesmo que ele atire em alguém no meio da Quinta Avenida”.
A defesa de Trump argumenta que ele construiu um dos impérios imobiliários mais prósperos do mundo e nega qualquer irregularidade contábil ou fraude. Porém, a acusação afirma que os réus inflaram seus ativos em bilhões de dólares, entre 2014 e 2021.
Caso as acusações sejam comprovadas, o juiz poderá revogar as licenças comerciais de Trump e de seus filhos no estado de Nova York, além de confiscar as empresas da Trump Organization. Isso representaria um golpe significativo nos negócios do ex-presidente, incluindo propriedades emblemáticas como a Trump Tower e o edifício no número 40 de Wall Street.
O julgamento promete ser longo e técnico, com a expectativa de dezenas de testemunhas, incluindo os filhos de Trump e o ex-diretor financeiro da Trump Organization, Allen Weisselberg. Também são aguardados depoimentos de funcionários de bancos e da empresa de contabilidade Mazars.
Enquanto aguardamos o desenrolar do julgamento, a situação legal de Trump continua a ameaçar sua campanha eleitoral, embora sua popularidade entre os republicanos permaneça estável. Resta acompanhar como esses processos judiciais podem impactar o futuro político do ex-presidente.
