No mês passado, foram aplicados R$ 306,15 bilhões na poupança, enquanto os saques totalizaram R$ 311,99 bilhões. Os rendimentos creditados nas contas de poupança somaram R$ 6,15 bilhões.
Com esse resultado, a poupança acumula uma retirada líquida de R$ 86,13 bilhões ao longo do ano de 2023. No ano passado, a caderneta registrou uma fuga líquida recorde de R$ 103,24 bilhões, reflexo da alta inflação e endividamento. Embora os rendimentos tenham superado a inflação devido aos aumentos na taxa básica de juros, Selic, outras aplicações de renda fixa continuam sendo mais atraentes do que a poupança.
Em contraste, em 2020, a poupança registrou uma captação líquida recorde de R$ 166,31 bilhões. Esse resultado foi impulsionado pela instabilidade no mercado de títulos públicos no início da pandemia de Covid-19, juntamente com o pagamento do auxílio emergencial, que foi depositado em contas poupança digitais da Caixa Econômica Federal.
Essa queda contínua no saldo da poupança reflete a preferência dos investidores por alternativas mais rentáveis, como as aplicações de renda fixa. No entanto, é importante mencionar que a poupança continua sendo uma opção segura e de fácil acesso para muitos brasileiros, especialmente aqueles com menor conhecimento do mercado financeiro.
Com o atual cenário econômico, é esperado que a poupança continue enfrentando desafios para atrair investidores. Os bancos e instituições financeiras buscam oferecer opções de investimento mais atrativas, com retornos superiores, a fim de conquistar a preferência dos investidores que buscam melhores oportunidades para fazer seu dinheiro render. Resta acompanhar o desempenho da caderneta de poupança nos próximos meses e verificar se haverá uma retomada no saldo positivo ou se a queda continuará persistindo.