O laudo, ao qual O Globo teve acesso, revela que os cadáveres de dois dos criminosos encontrados na Rua Abraão Jabor, no Camarim, também na Zona Oeste, já estavam com rigidez muscular generalizada às 22h40 desta quinta-feira. Além disso, foram identificados orifícios típicos de ação perfuro-contundente, causados por disparos de armas de fogo e facadas, em várias regiões do corpo.
Segundo o médico legista George Samuel Sanguinetti, professor da Universidade Federal de Alagoas, o tempo para que ocorra a rigidez muscular generalizada pode variar de acordo com vários fatores, como a idade da pessoa e o que ela ingeriu antes da morte, além das variações do meio ambiente, como a temperatura do local. No entanto, estima-se que esse processo ocorra entre oito e dez horas após a morte.
A partir da análise realizada pelo Grupo Especial de Crime (GELC) da DHC, foi constatado que três corpos de homens foram encontrados dentro de um Honda HRV na Camorim. Todos apresentavam cerca de 25 anos e estavam vestidos com camisas, bermudas e tênis. O veículo teria sido abandonado no local por volta de 22h55 e o motorista foi resgatado por uma motocicleta.
Em outra área da região de Jacarepaguá, na Zona Oeste, precisamente na Praça da Gardênia Azul, foi encontrado o corpo de um quarto suspeito, por volta de 01h03. Ele foi identificado como Philip Motta Pereira, conhecido como Lesk, e também apresentava múltiplos ferimentos causados por disparos de arma de fogo.
Essas informações são cruciais para que os investigadores avancem na apuração do caso. A rigidez muscular generalizada nos corpos dos suspeitos sugere que a morte tenha ocorrido em um período específico de tempo, indicando possíveis horários para o cometimento do crime. Com isso, as autoridades policiais poderão traçar um perfil mais preciso da ação dos criminosos e chegar a uma conclusão mais rápida sobre o episódio de violência que chocou a cidade.