Durante a conversa, Lula também solicitou ao presidente israelense que não deixe faltar água, luz e remédios nos hospitais e fez um apelo pela abertura de um corredor humanitário que permita às pessoas saírem da Faixa de Gaza, a zona mais crítica da Palestina, que tem sofrido com bombardeios e cerco militar.
“Não é possível que os inocentes sejam vítimas da insanidade daqueles que querem a guerra. Transmiti meu apelo por um corredor humanitário para que as pessoas que queiram sair da Faixa de Gaza pelo Egito tenham segurança. E que o Brasil está à disposição para tentar encontrar um caminho para a paz”, afirmou Lula.
Vale lembrar que em Israel o sistema de governo é parlamentarista, onde o presidente é o chefe de Estado eleito pelo Parlamento, e o Poder Executivo é exercido pelo primeiro-ministro, o chefe de governo, escolhido entre o partido ou coalizão que obtenha a maioria das cadeiras no Legislativo. Atualmente, esse cargo é ocupado por Benjamin Netanyahu.
A violência na região de Israel e Palestina entrou em seu sexto dia nesta quinta-feira, com intensos bombardeios na Faixa de Gaza, onde vivem 2,3 milhões de palestinos. As autoridades locais já registraram 1,2 mil mortes e mais de 5 mil feridos, além de pelo menos 180 mil desabrigados.
Em Israel, de acordo com a emissora pública Kan, o número de mortos subiu para 1,3 mil desde o início dos ataques perpetrados pelo grupo islâmico Hamas.
A situação humanitária em Gaza também é preocupante, com o Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (PMA) alertando que os suprimentos essenciais, incluindo comida e água, estão em níveis perigosamente baixos devido ao bloqueio imposto por Israel ao enclave.
O contato entre os presidentes de Brasil e Israel demonstra a preocupação e o esforço diplomático para buscar uma solução pacífica para o conflito. O Brasil se posiciona contra os ataques terroristas e busca contribuir para a instauração de um corredor humanitário que permita a saída segura das pessoas afetadas pela violência.