A entrada de Israel em Gaza tem sido uma grande preocupação para os especialistas do setor devido ao possível impacto na produção e distribuição de petróleo. “Preocupa muito a entrada de Israel em Gaza”, afirmou Phil Flynn, do Price Futures Group. Além disso, os operadores do mercado também reagiram às declarações do número dois do grupo libanês Hezbollah, que mencionou a possibilidade de abertura de uma nova frente. “Não sabemos o que significa isso. O Irã vai lançar ataques a partir de outros países, Líbano ou Iêmen?”, questionou Flynn.
Essa incerteza gerada pelos possíveis desdobramentos do conflito contribuiu para o aumento dos preços do petróleo. Mark Waggoner, de Excel Futures, argumentou que se houver revelação de que o Irã participou da preparação do atentado do Hamas, isso pode gerar represálias e aumentar ainda mais as tensões na região. Ele ressaltou que acredita que os Estados Unidos não ataquem o Irã, mas que Israel poderia tomar essa iniciativa.
Os impactos dessa situação se estendem para além do mercado petrolífero. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que a crise humanitária em Gaza é uma “prioridade” e busca encontrar uma solução pacífica para o conflito. Enquanto isso, um avião com 175 israelenses decolou de São Paulo rumo a Israel após uma convocação do serviço militar. A guerra no Oriente Médio continua a gerar preocupações e incertezas em diferentes setores.
A instabilidade geopolítica, especialmente na região rica em hidrocarbonetos, tende a impactar diretamente no preço do petróleo. Os investidores estão atentos aos desdobramentos do conflito entre Israel e Hamas, bem como às possíveis ações do Irã. Esses fatores têm contribuído para a volatilidade e aumento dos preços do petróleo nos últimos dias. Resta acompanhar de perto a evolução dos acontecimentos e suas consequências na economia mundial.