Durante o protesto na praça Tahrir, os manifestantes entoavam o slogan “paz, liberdade, Palestina árabe”, que é uma modificação de outro lema utilizado em 2011 durante a revolta popular que resultou na queda do presidente Hosni Mubarak, após três décadas no poder.
Enquanto isso, a Faixa de Gaza continua sob cerco do Exército de Israel e tem sido alvo de bombardeios intensos desde o início deste mês. Em resposta a um ataque surpresa do Hamas em território israelense, as forças israelenses têm realizado uma ofensiva na região. Há cerca de uma semana, Israel também ordenou aos palestinos que vivem no norte da Faixa que se desloquem para o sul do território, o que gerou um deslocamento de aproximadamente um milhão de pessoas e uma séria crise humanitária, segundo a ONU.
O presidente egípcio, Abdel Fatah al-Sissi, fez um alerta na última quarta-feira (18) sobre o possível deslocamento de palestinos para o Egito. Ele afirmou que, caso necessário, poderia mobilizar milhões de egípcios para apoiar a posição do país em relação ao conflito. Além disso, Sissi ressaltou que pressionar os palestinos a abandonarem suas terras é uma tentativa de acabar com a causa Palestina, prejudicando os países vizinhos.
Vale ressaltar que o Egito compartilha uma fronteira terrestre com a Faixa de Gaza, que é governada pelo Hamas. A ONU informou nesta sexta-feira (20) que a ajuda humanitária começará a chegar à região em caminhões a partir de sábado (21).
O conflito entre Israel e o Hamas tem gerado preocupação e repercussão internacional, com diversos países e organizações pedindo o fim das hostilidades e uma solução pacífica para a situação.