Reformas negligentes nas escolas municipais do Recife causam indignação e prejudicam educação presencial de crianças e jovens.

O governo Municipal do Recife está enfrentando críticas e indignação da população devido às “reformas” simultâneas em mais de 130 unidades de ensino, que têm deixado escolas e creches sem condições de oferecer o ensino presencial às crianças, jovens e adultos. Essa situação tem gerado preocupação e revolta naqueles que dependem da Rede Municipal de Ensino do Recife para garantir o direito à educação.

O que tem frustrado ainda mais a população é que essas reformas não trarão ampliação das vagas na maioria das escolas e creches, pois a maioria delas envolve apenas a “padronização” das cerâmicas das paredes e do piso, com pequenas adaptações nos ambientes já existentes. Muitas escolas que passaram recentemente por melhorias estruturais não necessitavam dessa reforma, o que tem gerado questionamentos por parte da comunidade escolar.

A situação é ainda mais preocupante nas unidades que oferecem Educação Infantil, pois além das crianças serem prejudicadas em seu processo de aprendizagem, as mães e responsáveis têm sua rotina profissional afetada pela falta de creches em funcionamento adequado. Muitas reformas tiveram início em 2022 e ainda não foram concluídas, e outras começaram no início de 2023. Atualmente, muitas escolas voltaram a funcionar de forma precária, com rodízio entre as turmas, após protestos e denúncias das famílias à imprensa.

Esse problema se estende por todas as regiões da cidade, com escolas e creches oferecendo atividades remotas ou aulas presenciais em formato de rodízio. Isso tem obrigado alunos e profissionais a conviverem em ambientes insalubres e inseguros, com cheiro de tintas, poeira e poluição sonora, o que tem causado adoecimento na comunidade escolar.

Diante dessa situação preocupante, o Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino do Recife (SIMPERE) está cobrando melhores condições de ensino e aprendizagem para professores e estudantes. O sindicato participou de uma reunião e apresentou um documento ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE), solicitando acompanhamento da situação e resolução do problema. Eles propõem que as reformas sejam planejadas e ouvindo as comunidades escolares durante as férias e o recesso escolar. Caso seja urgente, sugerem que seja alugado um outro prédio para garantir o funcionamento das escolas de forma adequada, incluindo acesso à alimentação escolar, atividades e materiais pedagógicos.

O SIMPERE reforça a importância de garantir um ambiente saudável para a aprendizagem dos estudantes e ressalta que continuará lutando por melhores condições de ensino e de trabalho para os profissionais da educação. É necessário que o governo municipal priorize a educação e planeje as reformas de forma adequada, considerando o bem-estar e o direito à educação das crianças, jovens e adultos do Recife.

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