Surpreendente virada de Sergio Massa coloca candidato peronista na liderança nas eleições presidenciais argentinas de 2023

A eleição presidencial de 2023 na Argentina está se mostrando uma das mais surpreendentes desde a recuperação da democracia no país, em 1983. O candidato peronista Sergio Massa, que era considerado azarão, conquistou a maior parte dos votos no primeiro turno, com 36,68%, depois de ter obtido apenas 21,43% nas primárias de agosto. Enquanto isso, o candidato da ultradireita, Javier Milei, ficou em segundo lugar, com 29,98% dos votos.

Essa virada de cenário não é inédita na história política argentina. Em 2003, o peronista Néstor Kirchner assumiu a presidência mesmo tendo ficado em segundo lugar no primeiro turno, após o também peronista Carlos Menem desistir da corrida. Em 2015, o candidato kirchnerista Daniel Scioli foi derrotado no segundo turno pelo candidato opositor Mauricio Macri, que focou sua campanha no antikirchnerismo.

No entanto, nas demais eleições presidenciais, os favoritos foram os vencedores. Em 1983, Raúl Alfonsín, da União Cívica Radical (UCR), ganhou no primeiro turno, logo após a ditadura, contra o peronista Italo Luder. Em 1989, Carlos Menem ressurgiu das cinzas e derrotou o radical Eduardo Angeloz em meio a uma hiperinflação. Menem se reelegeu em 1995, vencendo José Octavio Bordón, da Frente País Solidário (Frepaso). Fernando de la Rúa também foi eleito em 1999, derrotando Eduardo Duhalde.

A eleição presidencial de 2023 na Argentina está repleta de reviravoltas e incertezas. Embora Sergio Massa tenha se destacado no primeiro turno, nada impede que Javier Milei, da ultradireita, consiga reverter a situação no segundo turno. A história política do país mostra que viradas são possíveis, mas não são fáceis de se concretizar.

Nesse contexto, é importante destacar a importância do voto consciente e informado por parte dos eleitores argentinos. A escolha do próximo presidente terá grandes repercussões para o futuro do país e é fundamental que todos os cidadãos exerçam seu direito de voto de maneira responsável.

No final das contas, independentemente de quem sairá vitorioso nas eleições presidenciais argentinas de 2023, é primordial que o país se mantenha comprometido com a consolidação e fortalecimento de sua democracia e que o próximo presidente esteja à altura dos desafios que a Argentina enfrenta atualmente.

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