Governador do Rio comemora morte de miliciano e garante poder do Estado contra o crime organizado, enquanto ônibus são queimados.

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, utilizou suas redes sociais para comemorar a morte de Matheus da Silva Rezende, conhecido como Faustão ou Teteus. Essa ação policial ocorreu em meio aos ataques que já tinham deixado mais de 30 ônibus queimados na Zona Oeste do Rio.

Castro afirmou em suas postagens que o crime organizado não devia desafiar o poder do Estado. Ele parabenizou os policiais envolvidos na operação que culminou na morte de Faustão, sobrinho e braço direito do miliciano Zinho. No entanto, o governador não mencionou o óbito do suspeito. Faustão era sobrinho de Luis Antonio da Silva Braga, o Zinho, que era chefe da maior milícia do Rio.

Segundo Castro, essa ação policial representou um duro golpe na maior milícia da Zona Oeste. Faustão, além de ser parente do criminoso, tinha papel importante no grupo paramilitar. Ele era responsável pelas guerras de territórios que aterrorizam os moradores da região.

Os ataques contra os ônibus ocorreram como retaliação à morte de Faustão. Ao todo, foram acionados 15 quartéis do Corpo de Bombeiros para conter o fogo, que se espalhou por diferentes bairros da Zona Oeste. A cidade do Rio entrou em estágio de mobilização minutos antes do governador fazer suas postagens, devido aos ataques.

Foram relatados incêndios em Santa Cruz, onde o miliciano foi morto, assim como em Campo Grande, Guaratiba e Recreio, regiões mais afastadas. Devido à preocupação com a segurança, as linhas de BRT do corredor Transoeste foram temporariamente suspensas na tarde de segunda-feira.

O prefeito Eduardo Paes também se manifestou, pedindo uma resposta firme das forças policiais e apelando para que o Governo do Estado e o Ministério da Justiça atuem para evitar a repetição de tais fatos.

Faustão era considerado pela polícia como o segundo homem na atual hierarquia da maior milícia do Rio. Ele era apontado como o principal homem de guerra de Zinho na disputa territorial com grupos rivais.

Essa ação policial, que resultou na morte de Faustão, mostra o esforço do governo e das forças de segurança para enfraquecer o crime organizado no Rio de Janeiro. No entanto, é importante ressaltar que essas operações também acarretam em represálias e consequências para a população, como os ataques aos ônibus. O desafio das autoridades é combater o crime de maneira efetiva, minimizando o impacto na rotina dos cidadãos.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo