Um dos pontos destacados na proposta é a libertação imediata e incondicional de todos os civis que estão ilegalmente mantidos em cativeiro. Para que um texto apresentado em caráter emergencial seja aprovado pela Assembleia Geral, é necessário obter os votos de dois terços dos países. No total, 14 países votaram contra a proposta e outros 45 se abstiveram.
A Assembleia Geral da ONU é composta pelos representantes dos 193 países-membros da organização. No entanto, as resoluções aprovadas por ela não têm caráter obrigatório, sendo mais um gesto político.
Dentre os países que votaram a favor da proposta estão o Brasil, Jordânia, Argentina, Egito, China, Líbano, Rússia, Portugal, Arábia Saudita e África do Sul. Por outro lado, Israel, Estados Unidos, Guatemala, Áustria, Hungria e Paraguai foram contra.
Antes da votação, a embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield, criticou a proposta da Jordânia por não condenar o grupo Hamas e por não mencionar a palavra “reféns”, em referência às mais de 200 pessoas sequestradas pelo grupo que controla a Faixa de Gaza.
Além da trégua humanitária e da libertação dos civis, o documento aprovado pela ONU exige que as partes envolvidas cumpram o direito internacional. Também enfatiza que os civis da Faixa de Gaza devem ter acesso a bens e serviços essenciais como água, alimentos e medicamentos, além de pedir o cancelamento da ordem de evacuação de todas as pessoas do norte do enclave palestino emitida por Israel.
A resolução afirma ainda que uma solução justa e duradoura para o conflito israelense-palestino só pode ser alcançada por meios pacíficos, em conformidade com as resoluções relevantes das Nações Unidas e o direito internacional, com base na solução de dois Estados.
É importante ressaltar que as resoluções da Assembleia Geral da ONU não têm poder de ordem, mas representam um apelo à comunidade internacional para que sejam tomadas medidas que busquem a paz e a estabilidade na região do Oriente Médio.