Embora membros do seu próprio partido tenham se distanciado de Santos e tenham pedido sua renúncia, sua permanência na Câmara é de extrema importância para os republicanos, que atualmente possuem uma maioria frágil de apenas quatro assentos no órgão legislativo. Perder um membro só tornaria mais difícil a aprovação de leis e o trabalho do presidente do Congresso, Mike Johnson.
A votação para expulsar Santos acabou sendo rejeitada, com 213 votos contra e 179 a favor. No entanto, isso não significa que as acusações contra ele sejam consideradas inválidas. Na semana passada, o congressista se declarou inocente das acusações federais, que incluem roubo de identidade de doadores, gastos fraudulentos em cartões de crédito e benefícios de desemprego recebidos indevidamente durante a pandemia de Covid-19.
Deve-se ressaltar que uma expulsão da Câmara seria um evento histórico, já que a última vez que um congressista foi expulso foi em 2002, quando o democrata James Traficant perdeu seu cargo por dez acusações, incluindo suborno. Até o momento, a Comissão de Ética da Câmara ainda não divulgou sua determinação ou conclusão sobre o caso de Santos, mas o congressista Anthony D’Esposito, de Nova York, já apresentou um projeto de lei para expulsá-lo.
Além disso, legisladores republicanos de Nova York, assim como seus eleitores, consideram-se vulneráveis nas eleições do próximo ano e têm pressionado Santos a renunciar. Porém, ele se recusa a deixar a Câmara, causando divisão dentro de seu próprio partido.
Fica claro que a permanência de George Santos na Câmara de Representantes dos Estados Unidos continuará gerando polêmica e controvérsia. Resta aguardar o desenrolar da investigação e possíveis ações futuras em relação a este caso.