Durante a manhã, a equipe do jornal O Globo percorreu as áreas de embarque e desembarque do aeroporto e não encontrou militares fardados ou viaturas posicionadas. Funcionários do aeroporto também afirmaram não terem visto a presença das forças armadas. A única presença militar notada foi a de viaturas da Polícia Federal estacionadas na entrada do Terminal 2, assim como batedores do Exército que informaram estar no aeroporto para escoltar autoridades internacionais para um congresso, sem relação com a GLO.
O Porto do Rio, por outro lado, já começou a receber equipes da Marinha, com cerca de 823 agentes responsáveis pela segurança dos acessos do porto e pelo patrulhamento interno, além de vistorias de navios e embarcações na Baía de Guanabara. Nesta segunda-feira, três embarcações blindadas patrulhavam a baía e dois veículos blindados vistoriavam o pátio próximo ao Museu do Amanhã, na Praça Mauá.
O Aeroporto Internacional Tom Jobim/Galeão e o Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, estão sob o guarda-chuva do decreto de GLO, que visa fortalecer o combate ao tráfico de drogas e armas. Além disso, os militares também terão poder de polícia nos portos do Rio de Janeiro e de Itaguaí, e nas baías de Guanabara e Sepetiba. O Porto de Santos e o Lago de Itaipu, na fronteira com o Paraguai, também estão abarcados pelo decreto.
Uma portaria assinada pelo ministro da Defesa, José Múcio, determinou à Aeronáutica que designe um Comando Operacional Singular para “emprego dos meios necessários” nas ações na área de responsabilidade do Galeão e de Guarulhos.
A concessionária RioGaleão informou que não possui informações sobre essa ação do governo federal, enquanto a Aeronáutica não enviou um posicionamento até o fechamento desta reportagem.
É importante ressaltar que as ações das forças armadas nos aeroportos e portos fazem parte da estratégia do governo federal para combater o tráfico de drogas e armas, buscando aumentar a segurança nessas áreas sensíveis. No entanto, a falta de visibilidade dessas ações no Aeroporto Internacional Tom Jobim/Galeão levanta questionamentos sobre a efetividade das medidas adotadas.