O documento aponta que fatores geopolíticos, como a guerra na Ucrânia, a crise sanitária da covid-19 e a crise climática, impactaram os números. A taxa de fome entre a população mundial se manteve estável em 9,2% no final de 2022, enquanto na América Latina e Caribe, o índice passou de 7% para 6,5%, o que significa que 43,2 milhões de pessoas ainda conviviam com a fome ou insegurança alimentar.
Em relação à América do Sul, constatou-se que 247,8 milhões de pessoas constituíam a parcela com insegurança alimentar moderada ou grave, total reduzido em 16,5 milhões em comparação com 2021. No entanto, a taxa ainda fica 0,9% acima da registrada em 2019, antes da pandemia.
O relatório destaca a persistência das desigualdades na região, que têm um impacto significativo na segurança alimentar dos mais vulneráveis, afetando mais as mulheres do que os homens. O Brasil também é mencionado no relatório, mostrando que houve redução na proporção da população com experiência de subalimentação na última década, tanto no país como na América Latina e no mundo.
Além disso, o relatório ressalta o impacto da falta de acesso à alimentação adequada na vida de crianças, apontando uma redução no índice de atraso no crescimento de crianças menores de 5 anos em todos os recortes geográficos. No Brasil, o percentual passou de 9,8% para 7,2%, demonstrando uma melhora nesse indicador.
O relatório ainda aborda questões como a guerra da Ucrânia, a crise sanitária da covid-19 e a crise climática em relação aos números sobre a fome e insegurança alimentar na América Latina e no Caribe. A partir das informações apresentadas, é possível observar avanços significativos na região, mas também alertar para a necessidade de superar as desigualdades e garantir o acesso à alimentação adequada para todos.