Setembro deste ano apresentou o maior desvio desde 1961, com 1,6ºC acima da média histórica. Em agosto, a temperatura média registrada foi 1,4°C acima da média histórica, e em julho, a média observada estava mais de 1°C acima da média histórica.
O Inmet aponta que o calor extremo e eventos de onda de calor foram reflexos dos impactos do fenômeno El Niño, que favorece o aumento da temperatura em várias regiões do planeta. A tendência climática indica que 2023 será o ano mais quente desde a década de 60. Pesquisadores do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus da União Europeia também expressaram a mesma perspectiva, afirmando que é improvável que os dois últimos meses deste ano revertam este recorde.
Além disso, o instituto emitiu um alerta de onda de calor para o interior do Brasil, com previsão de temperaturas com até 5ºC acima da média pelo período de dois a três dias consecutivos. O aviso meteorológico especial de nível amarelo abrange áreas do Centro-Oeste e Sudeste do país e é válido até, pelo menos, a próxima sexta-feira (10). Espera-se que o calor continue, pelo menos, até meados da próxima semana, com a expectativa de temperaturas máximas superiores a 42°C em alguns municípios, principalmente em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.
A situação é um reflexo do cenário global de aumento da temperatura da superfície terrestre e dos oceanos, contribuindo para eventos climáticos cada vez mais extremos. O contexto de mudanças climáticas aponta para a continuidade do aumento das temperaturas em todo o mundo até novembro, de acordo com o Inmet.