As siglas, no entanto, iniciaram conversas para formar uma federação, mas optaram por esperar as eleições de 2024 e reavaliar a situação para definir futuros acordos. Além disso, há preocupação de não desagradar o PT, sobretudo para o PSB, que conta com apoio dos petistas em São Luís e Curitiba.
O ministro do Trabalho e presidente licenciado do PDT, Carlos Lupi, busca o apoio do PSB à reeleição do prefeito de Fortaleza, Sarto Nogueira, em uma disputa que evidencia a rivalidade entre aliados de Ciro Gomes e de Lula. No entanto, o PSB possui um diretório local ligado ao atual ministro da Educação, Camilo Santana, do PT. A presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, tem demonstrado interesse em apoiar a reeleição de Sarto, em um movimento que pode potencializar a relação de forças entre petistas e pedetistas em Fortaleza.
Outra capital importante em disputa é Recife, onde Carlos Lupi também busca manter o PDT na chapa do prefeito João Campos, do PSB. Essa disposição tem gerado tensões com o PT, que almeja uma vaga na chapa, visando não prejudicar as ambições políticas de Campos no estado de Pernambuco.
Em termos de eleições, o cenário entre PDT e PSB é favorável, com líderes peedetistas angariando apoio para a reeleição de prefeitos do PSB em alguns municípios, como Serra (ES) e Vitória (ES). Em Porto Alegre, o cenário é mais incerto, com PDT e PSB cogitando aliança com PT e PSOL, mas ainda encontrando dificuldades para formar uma frente de esquerda.
A tendência é que as próximas eleições municipais sejam marcadas por movimentações estratégicas e negociações delicadas, à medida em que PDT e PSB buscam manter e expandir suas influências políticas em todo o país.