Ao orientar seus ministros, o presidente destacou que a prioridade de cada um é a função para a qual foram escolhidos, ou seja, governar o Brasil. Considerando a presidência no G20, Lula ressaltou a importância de se manter a atenção e prioridade para atender às necessidades de organização do grupo, sem deixar a peteca cair.
Lula também enfatizou a importância do diálogo com prefeitos, governadores, deputados, senadores e com a população em geral, demonstrando a necessidade de atender os interesses estabelecidos durante o processo eleitoral. A presidência brasileira no G20 iniciará em 1º de dezembro deste ano e seguirá até 30 de novembro de 2024.
A agenda do G20 será decidida e implementada pelo governo brasileiro, com o apoio da Índia, última ocupante da presidência, e da África do Sul, país que exercerá o mandato em 2025. O Brasil, que assume a presidência do G20 pela primeira vez desde sua criação, organizará mais de 100 reuniões oficiais em várias cidades do país, incluindo reuniões ministeriais, encontros de alto nível e eventos paralelos. A 19ª Cúpula de Chefes de Estado e Governo será realizada nos dias 18 e 19 de novembro de 2024, no Rio de Janeiro.
Além disso, a presidência brasileira no G20 priorizará a inclusão social e a luta contra a desigualdade, a fome e a pobreza, o enfrentamento das mudanças climáticas, com foco na transição energética, e a promoção do desenvolvimento sustentável em suas dimensões econômica, social e ambiental.
Lula também anunciou a criação de um canal de diálogo entre os chefes de Estado e governo e a sociedade civil, garantindo a participação de diversos setores da sociedade nas discussões. O presidente destacou que a presidência do Brasil no G20 terá como meta a promoção da bioeconomia, além da criação de duas forças tarefas no bloco, uma para combater a fome e a desigualdade e outra para enfrentar a mudança do clima.
Por fim, Lula defendeu a reforma das instituições de governança global, para que reflitam a geopolítica atual e garantam uma representação adequada de países emergentes. O presidente destacou a necessidade de equacionar a dívida externa dos países mais pobres e a importância de rediscutir o financiamento para esses países. Lula citou a dívida da Argentina com o FMI e o endividamento de países africanos, enfatizando que é necessário encontrar soluções para garantir um desenvolvimento sustentável e equitativo em escala global.