De acordo com a ministra, a iniciativa consiste em “um mecanismo para pagamento por floresta em pé, cada hectare, para ajudar a proteger as florestas tropicais dos 80 países” que as possuem em seus territórios.
A proposta foi apresentada nesta semana aos outros membros da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), um bloco socioambiental que compartilha com outros sete países onde se estende a maior floresta tropical do planeta.
Marina Silva ressaltou que o novo fundo internacional seria gerido por “uma instituição financeira multilateral”, e para divulgar mais detalhes sobre o plano, a ministra aguarda o anúncio oficial que Lula fará durante a COP28, que ocorrerá entre 30 de novembro e 12 de dezembro nos Emirados Árabes Unidos.
Além disso, outra proposta que o Brasil levará para a COP28 é um programa para recuperar áreas cultiváveis deterioradas e improdutivas. Segundo o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária, Roberto Perosa, o país pretende investir US$ 120 bilhões para expandir a área agrícola brasileira sem desmatar, algo que seria feito sem derrubar nenhuma árvore.
Essas propostas surgem em meio ao aumento no desmatamento na Amazônia durante o governo Bolsonaro, que favoreceu o avanço da agricultura e da mineração na região. No entanto, o governo brasileiro anunciou uma queda de 22,3% no desmatamento na região em doze meses até julho, o que foi considerado o melhor resultado em quatro anos.
Em sua promessa de acabar com o desmatamento ilegal até 2030, o presidente Lula tem buscado estratégias inovadoras e eficientes para proteger as florestas tropicais dos 80 países que as possuem em seus territórios. Com o anúncio dessas propostas na COP28, o Brasil busca se posicionar como um local de destaque no combate ao desmatamento e à preservação das florestas em níveis internacionais.