O Ministério da Reintegração Ucraniana revelou que o corredor, que foi retomado em julho de 2023, permitiu a partida de mais de 13.500 ucranianos do território russo. Entre esses repatriados, estão incluídos 1.653 menores, segundo as autoridades ucranianas.
A maioria dos civis residentes nas cidades e aldeias ucranianas conquistadas pela Rússia após a invasão da Ucrânia em 2022 fugiram para outras regiões do país ou para o exterior, mas milhares de pessoas encontraram refúgio em uma parte diferente do próprio país. Estima-se que haja mais de um milhão de refugiados ucranianos na Rússia, de acordo com a ONU.
O governo ucraniano acusou a Rússia de organizar a “deportação” de quase 20 mil menores ucranianos para o seu território, o que levou o Tribunal Penal Internacional (TPI) a emitir um mandado de prisão contra o presidente russo, Vladimir Putin, por crimes de guerra. A Rússia negou essas acusações e afirmou que sua intenção era proteger os menores dos combates.
Esse movimento de repatriação em massa ocorre em um momento em que a Ucrânia busca lidar com os deslocados internamente e refugiados que fugiram do conflito com a Rússia. Apesar dos passos dados pelo governo para facilitar a volta dos cidadãos ucranianos, há ainda inúmeros desafios logísticos, econômicos e de reinserção na sociedade que precisam ser enfrentados.
Por isso, cada um dos repatriados tem uma história única e enfrenta desafios distintos ao retornar para o seu país. O governo ucraniano segue empenhado em oferecer apoio e amparo a esses cidadãos para que possam recomeçar suas vidas e superar as dificuldades decorrentes do conflito. A esperança é que o corredor humanitário permaneça aberto e eficiente para todos os ucranianos que desejam retornar ao seu país em busca de um recomeço seguro e digno.