O festival de música onde Krivoy trabalhava foi palco de um grande massacre no mês passado, com 360 mortos, quase um terço das vítimas dos ataques. O sequestro de Krivoy gerou comoção em sua comunidade local, em Israel, com sua família pedindo seu retorno imediato. Após o anúncio do acordo para a libertação de 50 reféns, foi estipulado que apenas mulheres e crianças seriam soltos neste momento, o que deixou os familiares de Krivoy apreensivos.
No entanto, o surgimento de outros cidadãos estrangeiros na lista de reféns libertados trouxe alguma esperança. Na sexta-feira, dez tailandeses e um filipino foram soltos, mesmo não constando na lista de 13 reféns a serem libertados por dia. Neste domingo, o nome de Krivoy surgiu, ao lado de outros reféns israelenses e tailandeses.
Segundo o Hamas, a sua libertação aconteceu como resposta aos esforços do presidente russo Vladimir Putin e em reconhecimento da posição russa em apoio à causa palestina. A porta-voz da Chancelaria russa, Maria Zakharova, afirmou que a libertação foi resultado do trabalho da diplomacia do país.
A relação entre a Rússia e o Hamas é antiga e as relações entre os dois têm se intensificado nos últimos anos, especialmente desde o início da guerra na Ucrânia em 2022. Putin levou dias para condenar os ataques do Hamas em outubro e foi criticado por isso. A visita de representantes do Hamas à Moscou gerou polêmica e críticas de autoridades israelenses e americanas. Além disso, a Rússia foi acusada de fornecer armas capturadas no território ucraniano ao grupo palestino. As alegações, no entanto, não foram corroboradas por outros países e foram refutadas por Moscou.
A libertação de Krivoy foi celebrada por suas familiares e pela diplomacia russa, que confirmou que irá prestar assistência ao cidadão russo. Este foi o primeiro homem adulto a ser libertado desde o início da guerra em outubro e estima-se que ainda haja mais um refém russo em poder do Hamas. A relação entre a Rússia e o Hamas continua a ser monitorada de perto, à medida que o conflito entre a Ucrânia e Rússia permanece no centro das atenções internacionais.