Mesmo após longas negociações, a Opep e seus aliados anunciaram novos cortes de produção para os próximos três meses, visando conter a queda dos preços. No entanto, o mercado demonstrou ceticismo diante dos anúncios. O analista Andrew Lebow, da Commodity Research Group, destacou a dúvida dos corretores em relação à concretização dessas reduções. Essa incerteza parece ter se confirmado diante da reafirmação da Arábia Saudita de que vai manter sua redução voluntária de um milhão de barris diários de produção até o final do primeiro trimestre de 2024, e a Rússia também seguirá exportando menos por três meses.
Além disso, outros países-membros da aliança, como Emirados Árabes Unidos, Iraque, Kuwait e Argélia, também se comprometeram a produzir menos, em conjunto cortando cerca de 700.000 barris diários. No entanto, ao excluir Arábia Saudita e Rússia, apenas 900.000 barris diários deixarão de entrar no mercado até março de 2024. Isso levou alguns analistas a considerarem o anúncio como um “ajuste modesto de produção”.
Outro ponto que chama atenção é a relutância da Arábia Saudita em detalhar seus números, levantando questionamentos sobre o impacto real desses cortes. A falta de transparência por parte do país líder da Opep pode indicar que seus esforços para sustentar os preços não estão surtindo tanto efeito como o esperado.
Em resumo, os cortes de produção de petróleo anunciados pelos países exportadores da Opep+ não tiveram o efeito desejado no mercado, que continua cético em relação à efetividade dessas medidas para conter a queda dos preços.