Durante dois dias, os participantes do encontro irão produzir quatro relatórios que serão entregues aos líderes de países-membros e associados do Mercosul, que se reunirão nos dias 6 e 7 de dezembro. A ministra substituta da Secretaria-Geral da Presidência da República, Maria Fernanda Coelho, destacou que a participação social nas discussões ocorre nos moldes dos Diálogos Amazônicos, evento que precedeu a Cúpula da Amazônia, em agosto. Maria Fernanda ressaltou a importância de fortalecer o Mercosul através da consolidação da democracia e dos instrumentos e espaços da participação social.
A militante Verônica Ferreira, da Articulação Feminista Marcosur, enfatizou que a volta dos encontros após sete anos é uma retomada, mas que precisa ser acompanhada de avanços, colocando a democracia no centro das discussões. Ela destacou a necessidade de construir uma agenda democrática, enfatizando que a democracia está em risco na região sul-americana. Além disso, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, considera que a promoção da igualdade racial é também um tema econômico.
A embaixadora paraguaia Helena Felip, enfatizou a importância do diálogo entre governo e sociedade civil, ressaltando que a participação social é um elemento fundamental de sociedades democráticas. Representando o Ministério das Relações Exteriores do Brasil, a embaixadora Gisele Padovan, classificou a retomada da Cúpula Social como um processo-chave. O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, também deixou um convite para o G20 Social, destacando a importância do movimento social e da participação da sociedade civil.
O Mercado Comum do Sul (Mercosul) é um processo de integração regional que começou em 1991, formado inicialmente pelo Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Nas décadas seguintes, foram aprovados os ingressos da Venezuela e Bolívia. No entanto, a Venezuela está suspensa desde 2017 pelo não cumprimento de cláusulas democráticas do bloco, e a Bolívia ainda não concluiu o processo de ingresso. O bloco abrange uma área de 14.869.775 quilômetros quadrados e uma população de 295 milhões.