EUA impõem avaliações contra chefe da Cruz Vermelha de Belarus por deportações de crianças ucranianas para a Rússia

Os Estados Unidos anunciaram nesta terça-feira sanções contra o chefe da Cruz Vermelha de Belarus, Dzmitry Shautsou, por cumplicidade nas deportações de crianças ucranianas para a Rússia. A medida foi tomada em um esforço para aumentar a pressão sobre o presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, e seu regime antidemocrático.

As sanções também foram impostas a um total de 11 entidades e oito pessoas, segundo o Departamento do Tesouro dos EUA. O subsecretário do Tesouro para terrorismo e inteligência financeira, Brian Nelson, afirmou que as medidas visam responsabilizar Lukashenko, sua família e seu regime por ações antidemocráticas e abusos contra os direitos humanos, tanto em Belarus quanto em todo o mundo.

A Rússia foi acusada de deportar à força milhares de crianças ucranianas, com o apoio da Bielorrússia, de escolas, hospitais e orfanatos em partes do país controladas por suas forças. Moscou justificou as deportações alegando que o fez para a proteção dos menores.

O chefe da Cruz Vermelha de Belarus, Dzmitry Shautsou, recebeu críticas internacionais quando admitiu a participação da organização na transferência de crianças ucranianas das áreas do país agitado pela Rússia para Belarus. A Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho chegou a pedir à Cruz Vermelha bielorrussa que demitisse Shautsou e suspendeu essa filial como membro da confederação quando isso não foi feito.

A auxiliar da Comissária dos Direitos da Criança da presidência russa, Maria Lvova-Belova, também foi sancionada e é alvo de uma recente ordem de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) em Haia por “crime de guerra” de deportação ilegal e transferência de crianças ucranianas para a Rússia.

A ação dos Estados Unidos reflete a preocupação da comunidade internacional com as violações dos direitos humanos e a segurança das crianças em meio ao conflito entre Rússia, Ucrânia e Bielorrússia. Resta agora a esperança de que essas sanções possam contribuir para o cessar da violência e para a proteção dos direitos das crianças envolvidas nesse trágico cenário.

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