A presidência do G-20, que é inédita para o Brasil, é considerada o ponto alto da agenda internacional de Lula e o evento mais importante para a posição internacional do país. O Brasil assume o comando do grupo da Índia e passará para a África do Sul em dezembro de 2024.
O G20 reúne as 19 maiores economias do mundo, além da União Europeia e, a partir deste ano, a União Africana. O grupo responde por cerca de 85% do PIB mundial, 75% do comércio internacional e 2/3 da população do mundo.
Dentre os membros fixos do G20, estão países como África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia, Turquia, União Africana e União Europeia.
Além disso, a presidência brasileira terá oito países convidados, incluindo Angola, Egito, Nigéria, Espanha, Portugal, Noruega, Emirados Árabes Unidos e Singapura.
A presença do presidente russo, Vladimir Putin, é uma incógnita e pode gerar polêmica devido a um mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) relacionado a crimes de guerra. Apesar disso, Putin foi convidado para o evento, porém, o mandado de prisão do TPI por crimes de guerra pode gerar questionamentos.
As prioridades da gestão brasileira incluem três forças-tarefa: Finanças e Saúde, combate à fome e à desigualdade e contra as mudanças climáticas. Além disso, a gestão brasileira pretende pautar a discussão sobre governança global, criticando a baixa influência e a formação do Conselho de Segurança da ONU na mediação de conflitos internacionais, e defendendo prioridade às necessidades das nações em desenvolvimento.
Portanto, a Cúpula de Líderes do G20 será um evento de grande relevância para a política internacional e para a inserção do Brasil como protagonista nas discussões sobre questões globais.