Sobre o termo “racismo reverso”, Gonet disse que, na época em que escreveu sobre o assunto, a expressão era corrente, embora hoje possa soar estranha. No entanto, ele afirmou que era um conceito comum à época. Concluindo essa questão, Gonet defendeu que a política de cotas seja revisada periodicamente para garantir a sua legitimidade, ressaltando que se o problema que a cota visa resolver já estiver solucionado ao longo do período, ela deixa de se justificar.
Na área dos direitos LGBT+, Gonet afirmou não ser contrário à criminalização da homofobia e expressou a importância de defender o que a jurisprudência ou o legislador definirem. Ele destacou que a união estável para casais homoafetivos já está regrada pela lei e pela jurisprudência, não tendo “interesse de agir de modo contrário”.
Gonet abordou a temática das cotas raciais e dos direitos LGBT+ em sua participação na sabatina, demonstrando uma postura favorável a essas políticas e destacando a necessidade de revisão e atualização constante dessas questões. A sabatina ainda está em curso e, após sua conclusão, a Comissão de Constituição e Justiça emitirá um parecer sobre a indicação de Paulo Gonet para o cargo de procurador-geral da República.