Segundo a polícia, o ataque tinha como alvo outras pessoas que viviam em uma casa vizinha e inclusive, houve a utilização de explosivos. A investigação está em curso para capturar os demais responsáveis pelo homicídio. O crime ocorreu em Guayaquil, uma das cidades mais violentas do Equador devido à presença do narcotráfico e de gangues criminosas.
Os funerais das crianças foram realizados na quinta-feira, enquanto o sepultamento da mãe está previsto para sexta-feira (15). Este crime cruel e trágico evidencia a realidade alarmante da violência no Equador, onde pelo menos 455 crianças e adolescentes foram assassinados entre janeiro e setembro deste ano, de acordo com a Defensoria do Povo. Além disso, o relatório semestral do Observatório Equatoriano do Crime Organizado revela que os homicídios de jovens entre 15 e 19 anos aumentaram 500% entre janeiro de 2019 e junho de 2022.
O cenário de violência no Equador também é retratado pelos índices preocupantes de homicídios, que quadruplicaram no país entre 2018 e 2022, atingindo uma taxa recorde de 26 assassinatos por 100 mil habitantes em 2022. Especialistas alertam que essa estatística pode chegar a 40 assassinatos por 100 mil pessoas até o final deste ano.
Episódios como o ocorrido com as quatro crianças e a mãe grávida chamam a atenção para a urgência de medidas eficazes para combater a crescente violência no Equador. É necessário que as autoridades desenvolvam estratégias para garantir a segurança e a proteção dos cidadãos, especialmente das crianças e dos jovens, que estão expostos a um ambiente de insegurança extrema.
Dessa forma, a prisão do suspeito é um passo importante para buscar justiça e responsabilizar os envolvidos nesse terrível crime. Entretanto, é fundamental que as investigações prossigam para capturar todos os autores e garantir que casos tão horrendos não se repitam, para que o Equador possa oferecer um ambiente seguro e pacífico para sua população.