Segundo Biden, não há dúvidas de que Trump apoiou uma insurreição. O democrata ressaltou que a Suprema Corte do estado do Colorado concluiu que o ex-presidente “se rebelou em 6 de janeiro de 2021” durante a invasão ao Capitólio. Em razão disso, foi considerado inelegível para a Presidência devido às suas ações durante a invasão.
Mesmo com a decisão valendo apenas para o estado do Colorado, a medida é vista como uma eventual jurisprudência para ações similares no futuro. Biden indicou que não estava comentando a decisão judicial em si, ao chegar à cidade de Milwaukee, em Wisconsin, e afirmou que deixaria que o tribunal decidisse se a 14ª Emenda da Constituição se aplicaria.
A equipe de Trump confirmou um pedido de recurso e expressou confiança em uma vitória no tribunal. Em um comunicado, seu porta-voz Steven Cheung afirmou que havia a plena confiança de que a Suprema Corte dos EUA emitiria uma decisão a seu favor e finalmente poria um fim a esses processos.
Além dos problemas com a Suprema Corte do Colorado, Trump enfrenta ao menos quatro processos criminais na Justiça, sendo que o primeiro deles, relacionado às tentativas de interferência nas eleições de 2020, está marcado para março do próximo ano, já em meio às primárias.
Biden, que também é candidato a um segundo mandato pelo Partido Democrata, está usando o argumento de que Trump representa uma ameaça para a democracia americana durante sua campanha e, ao enfrentar essas questões na Justiça, tenta convencer o eleitorado americano sobre sua candidatura.
Essas ações representam um cenário complicado para Trump, que enfrenta múltiplas adversidades na Justiça e teve seu nome retirado das cédulas para as primárias republicanas de 2024 no estado do Colorado. Ao mesmo tempo, o ex-presidente tenta resistir a essas decisões e confia em decisões judiciais favoráveis para manter sua elegibilidade como candidato. A batalha política e judicial promete se intensificar nos próximos meses.