No que diz respeito à vacinação infantil, a pandemia ressaltou a importância da imunização, mas também evidenciou a resistência da população à vacinação. O governo tem se esforçado para reverter esse quadro, implementando ações de estímulo, como chatbots com informações sobre a segurança dos imunizantes e peças de publicidade com personalidades conhecidas, como Xuxa.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou que houve um aumento na adesão à vacina contra o papilomavírus humano (HPV) e em outros sete imunizantes recomendados do calendário infantil. No entanto, a cobertura vacinal ainda está distante da meta preconizada pelo governo, que é de 95%. A vacinação infantil contra a Covid-19 também preocupa, já que apenas 12% das crianças até 5 anos foram vacinadas.
Além disso, outro desafio para o SUS é conter o avanço da dengue, que promete ser o pior já visto nos próximos meses. O Brasil ultrapassou pela segunda vez a marca de mil mortos pela doença e registrou 1,6 milhão de casos em 2023. O infectologista Alexandre Naime Barbosa ressalta a importância do diagnóstico precoce e do tratamento correto da doença, especialmente na atenção básica.
Por fim, as mudanças climáticas também representam um desafio para a saúde, uma vez que o calor excessivo e as chuvas podem agravar diversas doenças. Segundo a secretária nacional de Vigilância em Saúde, Ethel Maciel, a estimativa é de até 5 milhões de casos de dengue em 2024, no pior cenário.
Diante desses desafios, o governo tem implementado estratégias para enfrentá-los, como a incorporação da vacina Qdenga ao SUS, a abertura da Sala Nacional de Arboviroses para monitorar os casos de dengue e o repasse de recursos para contratar novos agentes de combate à endemia.
Em resumo, garantir a vacinação infantil, conter o avanço da dengue e minimizar os impactos das mudanças climáticas na saúde da população são desafios gigantes que o governo terá que enfrentar nos próximos anos para manter a eficiência do SUS.